sábado, 5 de março de 2011

Hitchcock I love you


When you make a film, are you setting out to frighten men or women, or both?

Women – because 80% of the audience in the cinema are women. Because, you see, even if the house if 50:50 – half men, half women – a good percentage of the men... have said to his girl, being “on the make” of course, “what do you want to see, dear”? So that’s where her influence comes as well. So, men have very little to do with the choice of the film.

Reparem por favor na genialidade desta resposta? Para alcançar o sucesso é preciso conhecer o produto mas também o comprador. E nisso é que Hitchcock era um mestre. Sim claro era um mestre do suspance e cá para mim tinha uma certain way to handle film. Penetrava na cabeça das pessoas, com uma cena realmente horrível e nojenta (para a altura, não nos esqueça-mos que de lá para cá o cinema evoluiu e muito!) tipo a shower scene do psicho e o filme em vez de crescer em horror "visual" tipo cenas de sangue etc. que são verdadeiramente impossíveis de ver (ex: saw) passa a um horror psicológico que faz com que comecemos a questionar a nossa sanidade mental, eis outra brilhante resposta :
"Now, this film had a horrible scene at the beginning with a girl being murdered in a shower. Well, I deliberately made that pretty rough, but as the film developed, I put less and less physical horror into it because I was leaving that in the mind of the audience and, as the film went on, there was less and less violence but the tension, in the mind of the viewer, was increased considerably. I was transferring it from the film into their minds. So, towards the end, I had no violence at all. But the audience by this time was screaming in agony... thank goodness!"

Outra coisa muito interessante é que o Hitchcock entrava nos filmes dele, de maneira a que as pessoas ficassem obcecadas algo tipo "Olha o Hitchcock ! Olha!" mas apenas como figurante, ou seja que quando a outra pessoa ouvisse, o Master já teria desaparecido, questionando novamente a sanidade mental, numa espécie de "What the hell? Mas ele estava ali? Será que eu estou a ver coisas?".
Uma coisa também importantérrrima (com três erres, para dar mais ênfase) é a banda sonora. A dos filmes do Hitchcock é excelente, quem não fica com pêle-de-galinha quando ouve os violinos a "i-i-i-i-i-" e vê-se com pesadelos com alguém a entrar no nosso duche com uma faca, como fizeram a pobre e linda Janet Leigh... e mesmo no início do filme, quando ela rouba o dinheiro, já se sabe que vai dar para o torto. Uma autêntica tragédia "grega" e como uma pessoa que me é querida disse: " Num drama, ainda há esperança, que o pobre rapaz apareça antes da amada ser ferida e que tudo acabe em bem. Na tragédia é tudo muito mais prático; está claro que vai dar para o torto. Alguém vai morrer. Alguém têm que morrer. É uma espiral viciosa, e todos que tentarem ajudar, pagam com a vida." (desculpem foi o meu flashback de Antígona a falar...)
Como eu estava a dizer o mais importante num bom filme de suspance é (tentem advinhar tentem !)
A) um exelente elenco (vamos falar sobre isso mais a frente)
B) libertar-se dos clichés (private joke)
C) a banda sonora.
Por agora vamos continuar com a banda sonora. Como estava a dizer a banda sonora provoca um terror psicológico acrescido. E ainda há um ou dois exemplos desse "psichological terror" que nos leva a pensar que há um monstro debaixo da cama. Ora vejam o recente "Paranormal activity " Creepy hum? é tudo banda sonora e no entanto há pessoas que ficaram com sequelas emocionais apôs verem esse filme... comparem os trailers: Paranormal activity e Psycho reparem que no psycho é apenas a sequência de credits inicial e já se pensa "se calhar não deveis ter ido hoje ao cinema ..."
Estando a bs arrumada , vamos para o elenco. O hitchcock tinha qualquer coisa por loiras. Reparem bem a do "Birds" é loirinha a do "Os quatro espiões" também e é claro que a mulher mais linda de sempre (a seguir à audrey) a Grace Kelly no "Dial M for murder". Em filmes dele também entraram actrizes como a Ingrid Bergman, a Doris Day (que será será... ) no "The man who knew too much", Janet Leigh, Kim Novak em "Vertigo" etc.
Finally e para acabar em beleza mais um exerto de entrevista que deve deixar tudo bem claro em relação aos clichés
(por volta do minuto 2 mas vejam tudo que o tipo é fantástico!)

So Hitch. da próxima vez que for ao cinema vou-me lembrar de ti.(PS só a postura estilo Churchill dele já diz tudo. We love you Hitch!)

2 comentários:

  1. Rafaela, mudaste de opinião muito à velocidade da luz! Tu disseste que não gostavas nada no Paranormal Activity e que era muito mau e eu noutro dia perguntei se alguém já tinha visto o Vertigo e tu disseste que não. Anyways, já viste o Vertigo? É das maiores obras primas do Hitchcock! Sim, Hitchcock era um génio!

    bjs

    CRU.

    PS: é suspense, e não supanse ^^

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  2. Eu não disse,que gostava, estava só a dizer que o segredo do Paranormal Activity é a banda sonora. E não ainda não vi o Vertigo, tenho que ver se há no El Corte Inglês.
    Bjuu

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cusquices