sábado, 24 de dezembro de 2011

Post de Natal

Vá à medida  que escurece e que a hora do jantar se aproxima queria desejar a todos os leitores deste blog um feliz natal com árvores de natal de dois metros com luzinhas LED baixo consumo coloridas a funcionar com montes de fitas e bolas penduradas. Espero que passem o vosso Natal com a família e com o telefone a tocar de cinco em cinco minutos com aquelas mensagens de natal enviadas a listas de contactos inteira...  Ai ai ai o Natal

domingo, 11 de dezembro de 2011

Book List

Hoje deu-me para isto. Vou escrever alguma coisa útil para a humanidade. Para variar.
Depois de voltar do cinema como habitual deu-me uma urgência imensa de ir à Bertrand. É que eu tal como gosto de escrever, também gosto de ler. E se ler engordasse eu agora não passava pela porta. Portanto já estão mais ou menos para onde este post vai andar, um listinha de livros que eu acho que a juventude devia ler eu incluída.


Portanto numero um que me suscitou interesse chama-se "Eu e Tu" e não é um romance daqueles lamechas que estão à venda no continente da Nora Roberts que são mais para ler com uma voz sexy.
O romance "Eu e Tu" de   Nicolò Ammaniti é sobre um míudo anti social chamado Lorenzo que não tem amigos e é aquele esquisitoide com o qual nimguém fala, um solitário. E este facto preocupa bastante a Mamie do Lorenzo, e o Lorenzo para lhe agradar e fazer a mamie feliz diz-lhe que finalmente arranjou um programa com os colegas: uma semana na neve. A mamie fica tão feliz e realizada que o Lorenzo não tem coragem para lhe dizer a verdade, vai daí parte para a semana dos seus sonhos, fecha-se na cave do prédio com BD, coca cola e videos ( deixo á imaginação do leitor o conteudo de tais videos). Mas quando o Lorenzo pensa que está isolado do mundo eis que a Olivia entra no seu bunker. E a Olivia toda vivaça consegue arrancar o nosso crominho do mundo da BD para o mundo real e para os problemas reais. Resumindo um livro sobre sobre a formação e a amizada descrito pelo Kirkus Review como o "Romancista mais quente da Europa" whatever that means ...


Numero dois. Do que já li deste livro ( equivalente ás primeiras 20 páginas) parece-me que esta-mos presentes à Antitese do Forrest Gump. Deixem-me contextualizar, este livro é sobre Allan um homem que faz cem anos (idade respeitável!) e cuja pequena vilinha de nome imprununciável sueco resolve dar uma festa de anos, mas ele como percebe que ainda tem muita coisa para fazer e não quer morrer assim no meio de um bando de pacóvios num lar de idosos resolve saltar pela janela do quarto e dirige-se sem andarilho
 (respeito!) á estação de autocarros  para fugir daquele fim do mundo e viver uma ultima grande aventura antes de bater a bota. Isto sempre acompanhado dos seus "Mija-pés" (quem ler o livro vai-se rir com esta ).
E porquê a antitese ao Forrest Gump. Bem primeiro lugar o Forrest Gump é assim um pacóvio com QI de 40, do qual acompanha-mos toda a vida recheada de eventos magníficos, tal e qual como uma caixa de chocolates. Com o senhor Allan, a coisa é assim um pouco diferente, o Allan não é pacóvio e lamenta-se de estar preso na sua horrível condição de velhaco que não consegue urinar para além da ponta do chinelo, quando na verdade tem um espírito mais jovem que todos nós..E resolve embarcar na ultima aventura antes da sua morte. Resumindo o Forrest é uma narração da vida, o Allan é uma narração da morte. Ponto numero dois, o Forrest passa a vida a correr que nem um perdido da vida, o Allan tem as dobradiças do joelho enferrujadas, logo não corre. No entanto tem um ponto em comum, são ambos pessoas que gostaríamos de evitar numa estação de autocarros um porque começa a comer chocolates e a contar a história da sua vida a pessoas randomly passing by, o outro porque é velhaco e rouba malas.
Portanto o Allan deve ser um avó fixolas. O nome do livro penso que seja " A história do centagenário que saltou pela janela e desapareceu." o que é um bom título, honesto e directo. No bullshit allowed portanto.


Numero três, um livro que me suscita curiosidade desde sempre, mas que devido ao seu tamanho me tem mantendo afastada. Pequeno facto, a história passa-se na alemanha nazi e é narrada pela Sr. Morte, que nunca esteve mais ocupada. Creepy ? Naaa. Pela contracapa, posso dizer que fala sobre Liesel uma menina que rouba livros, sobre um pugilista judeu entre outra gente estravagante. Deve ser muito interessante e de vez em quando faz falta um calhamaço.  Chama-se "A Rapariga que roubava livros" e foi escrito por Markus Zusak, um australiano que sabe falar alemão.


Numero quatro é um must-read, do qual eu que como sou vítima de perguicite aguda ainda só li trechos na aula de português, é de Saint-Exupéry o "Príncipezinho". É assim imaginem este livro como uma versão masculina no entanto mais calma da Alice no país das maravillhas.  É um livro para as crianças que foram os adultos. Um aviador fica sem combustível no avião e resolve aterrar no meio do deserto e encontra um menino assim no meio do nada, que lhe pede para desenhar uma ovelha e o menino começa a contar a história da sua vida no seu asteróide B432 onde habitava apenas uma flor por aí fora.O livro é para crianças mas só os crescidinhos é que vão perceber todas as metáforas e os símbolos que o senhor Exupéry, que como era aviador via o mundo de cima e tinha assim uma perspectiva diferente na qual apenas via a verdade (clube dos poetas mortos I see what you did there... a cena toda de subir em cima das mesas para mudar o ponto de vista pois pois busted), despejou no livro.
O princepezinho é para toda a gente que quer reflectir sobre ovelhas, trigo e flores.
PS. Já mencionei que escreveram uma continuação do principezinho ? Chama-se "o regresso do jovem príncipe" e adivinhem o principezinho volta à terra mas tipo já crescidote e  todo bom.  Este também entra na listinha portanto.


                                                   
                                                   Christiane F. antes das Drogas
                                                    e depois ...

Numero cinco e porque é bom levar com uma calhamaço de não-ficção em cima de vez em quando "Os filhos da Droga" da Christiane F. que é a história verídica de uma rapariga de Berlin que se mete nas drogas e  se vê apanhada num conflito  interior quase bipolar entre a boa Christiane que quer ser uma criança como as outras e a má Christiane que se mete nas drogas é rebelde e entra na adolescência com uma maturidade incrível devido às atrocidades que viu, incluindo prostituição infantil no Bahnhof Zoo injecções em casas de banho públicas entre outros . Resumindo só para aqueles com o estômago forte.



Numero seis, de um dos meus autores preferidos e activista da green peace, que esteve preso no regime de pinochet no Chile, " A história da gaivota e do gato que a ensinou a voar" do Luís Sepúlveda. Já li este livro à vontade umas cinco vezes e é das fábulas mais bonitas e fofinhas que se pode imaginar.



Então pronto estamos entendidos.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Die Austernprinzessin

Peço desculpa aos queridos cinéfilos que vieram aqui induzidos na esperança que este post fosse sobre o grande clássico do expressionismo alemão do Ernst Lubitsch, na verdade este post é como tantos outros sobre um episódio que aconteceu aqui à violina. Um episódio que envolve uma ostra e uma pérola.
Normalmente sexta feira no intervalo do almoço tenho explicação. Porquê ? Porque sou parva.
Então estava a intrepertar um poema nessa tal explicação. Quando a minha professora assim do nada diz " Olha violina tenho um presente para ti.". Que simpática. Tipo está bem que a explicação é bem paga, mas também não é suposto eu receber presentes.  A minha professora ausenta-se da sala e regressa com um pacote, cor de creme. E eis a minha surpresa ao abrir o pacote e descobrir no seu interior uma ostra e um colar.
Tipo a ostra com uma pérola lá dentro e ao lado um colar para depois se por a pérola. Bem escusado será dizer que fiquei com o queixo caído. Uma pérola. Fiquei tipo asrugfjegrfgfgshf mas no bom sentido. É que nunca ninguém me tinha oferecido uma ostra com uma pérola lá dentro, de modos a que eu me senti do género "Isto é uma pérola, tem a certeza que isto é mesmo para mim?" E ela disse que sim e que tinha sido uma amiga dela que tinha trazido a pérola de Inglaterra mas como ela não tinha tido coragem de abrir a ostra me ofereceu a mim. O que até é bastante esquisito porque afinal as ostras não mordem nem nada disso. E pronto agradeci pela milésima vez e fiz-me à vida. E com fazer-me à vida quero dizer fazer-me à aula de matemática, que é mais fazer-me à morte. De tédio.
Só quando cheguei a casa é que comecei a olhar para aquilo com a devida atenção. Dizia "We like to believe this pearl is a wish waiting to come true, when you open the mussel and remove the pearl, your wish will come true.It should only be opened in a very special moment by a very special someone. "
Não, não estou a inventar nada. A pergunta mantém-se, a que propósito é que me oferecem pérolas ?
O que me leva ao segundo ponto deste post.
Preciso de um desejo. Não estou a falar de um desejo qualquer, tem que ser qualquer coisa que eu queira mesmo. Resumindo não faço a mínima ideia do que é que eu quero...
Resumindo estou a ter uma mid life crises.
Resumindo até nova ordem, a pérola fica na ostra. E a caixa com a ostra fica bem escondidinha.

"And when I find home, I'll buy some furniture and name the cat " Holly Golightly in Breakfast at Tiffanys.