quarta-feira, 4 de abril de 2012

What happens in Bilbao stays in Bilbao 1#

Ou então secalhar não, porque estou aqui a contar-vos tudo. Portanto sim fui a Bilbao. Fica no país basco, que fica em Espanha, e fica assim para os lados do norte perto da costa. Portanto quem me conhece pessoalmente sabe que deixo sempre tudo para o fim como qualquer português que seja português. Portanto no dia anterior à minha partida estava a fazer as malas e a ouvir a minha mãe no sermão "ai e se não gostares da familia de acolhimento fala com a professora sim ? Se eles forem estranhos e não te tratarem bem diz ok. E ah nada de te meteres lá com o rapaz de quem vais ficar em casa nem com nenhuns dos espanhóis. Não quero que voltes grávida. E cuidado com as malas no aeroporto. Ah e nada de cigarros e alcool e nada de erva está bem ?" Sim mãe. Deixem-me explicar, alguns dias antes tinhamos recebido uma lista de quem ia ficar em casa de quem lá em Bilbao e eu ia ficar em casa de uma rapaz, por mim tanto me faz desde que ficasse perto da escola, mas pronto eu sou filha única e well dads will always dads não é... Portanto o daddy ligou para a agradecer a hospitalidade e tal e para saber qual era a idade do rapaz. Eu achava que ele tinha 14 tinha 4. Quatro e chamava-se John tipo como quem quer dar um toque American a um chico Espanhol. Depois tinha uma menina chamada Maria com 6. E eu parti-me a rir
Mas agora a sério se estiverem a pensar em fazer intercâmbio sozinhos ou mesmo com amigos, tenham a certeza absoluta que vão ficar com alguém da vossa idade e certifiquem-se que existe uma língua na qual conseguem comunicar. Porque isso comigo não funcionou e cheguei a pensar que foi tudo um plano para eu ser babysitter, tipo Granny Aupair ou algo do género. E as escolas especialmente quando é muita gente são desorganizadas com isso.
Voltando à história das malas... " Pai posso levar o ipad?"
"Não"
"Ok" e pus o Ipad na mala. "Olha pus o Ipad na mala"
"Ok"
Pronto dia seguinte eu como qualquer pessoa estava a entrar em modo Indiana Jones (tantanrantaaan) toda aventureira e pronta para viajar sozinha. E lá vou eu para o Aeroporto de Lisboa. Mas antes de entrar no avião é necessário fazer o check in. And God knows it aint easy... Primeiro era encontrar as outras duas chicas e a professora, depois a fila gigante ( sou a única pessoa a achar que toda a gente vai viajar no mesmo dia que eu?) e depois obviamente a burocracia. Portanto uma das raparigas a Cat toca violoncelo (também conhecido por violino gigante) e tentem levar um instrumento frágil e dá-lo a pessoas que atiram com as vossas malas e eventualmente as perdem... esquece, nunca na vida o cello chegava lá com vida. Portanto compramos dois bilhetes para o cello, mas aparentemente com a altura e a massa (medidas das quais a companhia já tinha conhecimento) era só preciso um lugar e só nos queriam dar um lugar (compramos dois...) e não nos queriam dar o dinheiro. Isto para mim chama-se roubo, mas para eles é um aparente "mal-entendido". Pronto já nos tinham causado uma chatice mas não com a TAP é sempre a abrir, tiveram que reclamar com o meu guarda-chuva ou "paraguas". É assim na minha coreografia (sim aquilo era um concurso de músicos e a minha categoria era Musical ou seja canto dança e teatro tudo numa perfomance fechada durante 15minutos, ou seja para mim literalmente os jogos olímpicos) eu no grand finale abria um guarda chuva. E aparentemente a querida companhia não me deixou levar  comigo o guarda chuva  devido à sua letal ponta de metal e a minha aparência de terrorista de 14 anos... Depois disso não houve grandes chatices (também pudera) ah espera o nosso avião tinha três filas uma de um lugar e outra de dois lugares. Resumindo toda a turbulência que apanhamos estavamos a senti-la à força toda, apesar de esta parte ter sido a melhor do voo. Porque ao contrário dos outros passageiros eu e Kat partimo-nos a rir como duas potheads nesta parte do voo.  Meia hora depois aterramos e a minha primeira reação foi "Waaait...onde está a cidade ?" é porque ao caminho do aeroporto era só montanhas e campo e uma casinha aqui e acolá.



see what I mean...

 O que metia mais ou menos medo porque eu estava à espera de Bilbao a cidade moderna e futurista e naquele momento era só campo. Enfim o aeroporto de lá é pequenino e eles só hablam castelhano, catalan ou Euskadi (basco). Mas a maioria é só castelhano. Portanto o "pai" da minha famelga foi me buscar e só hablava castelhano, nada de inglês portanto eu que nunca tive uma aula de espanhol na vida tive que improvisar,a modos que resulta mais ou menos. Para people que quiser ir a Espanha hablem português com o sotaque deles e repitam "valle" no fim de cada frase que vocês safam-se.

Pronto eu sei que o post é longo mas era só para dizer que estas cenas do intercâmbio também tem um lado mau, para próximo post é melhor I promise. To be continued...

Já agora nos próximos episódios



El Getxo a parte das praias da cidade, gentilmente cedida pela Kat (who is awesome)

sábado, 11 de fevereiro de 2012

To-do list

Portanto à séculos que não escrevo. Peço desculpa.
Hoje deu-me numa de listas. E é sobre isso que o post de hoje é. Coisas para fazer em 2012. Aquelas que ficam sempre por fazer. Ou melhor as coisas que queremos fazer e que nos vão dar as grandes histórias para contar-mos aos nossos netos,mas que nunca fizemos porque existem coisas como o 9gag e o facebook.
Por isso cá estão as coisas para fazer para o próximo ano, o melhor so far.

1. Encher uma fonte de sabão durante a noite.
2. Fazer voluntariado.
3.Skate numa piscina, deixem-me explicar,numa piscina com rampa aproveitem para levar o skate e para deslizar até à água.
4. Aprender a tocar guitarra.
5. Chatroulette
6. Ir esquiar :)
7. Ir fazer canoageme tentar manter-me viva ( da ultima vez que fiz canoagem,ia eu na frente e a minha canoa virou num rio cheio de rápidos e eu ia morrendo)
8. Ir a um Concerto.
9. Ir a um festival de Verão.
10. Doar sangue
11. Fazer intercâmbio na alemanha.
12. Descobrir o que quero fazer da minha vida.
13. Fazer um luta de bolos/tartes etc.
14. Fazer uma luta de tinta.
15. Ir à pesca
16. Conduzir um carro.
17. Andar de Caravana.
18. Mensagem Corrente numa garrafa e tentar re-localizar a garrafa.
19. Encenar um escândalo na praça pública.
20. Ir escalar.
21. Fazer teatro.
22. Fazer mais teatro.
23. 5000 views no blog faziam de mim uma rapariga filiz
24. Pregar uma partida elaborada a alguém
25. Ir a um parque aquático
26.Ir surfar e conseguir por-me de pé encima da prancha...
27. Gelado caseiro.  
29. Ir a uma Ópera.
30. Ver um Musical
31.  Passar no concurso dos Jovens Músicos a Bilbau
32. Passar na 2. fase dos Jovens Músicos
33. Nightswimming na piscina da escola.
34. Fazer mais uma produção com os Lisbon Players
35.  Ver os óscares
36. Alcançar o grau mais alto de awsomeness humanamente possível (Barneyism)
37. Ter uma 5 em matemática.( humanamente impossível)
38.Escrever uma Música
39. dip dyed hair numa cor não natural.
40. Ir jogar basebal com tomates.
41.Yoga em carcavelos.
42. Go Freehuging (again)
43. Andar pela baixa com uns amigos todos vestidos personagens do pacman e com fantasminhas do pacman a correr atrás do pacman
44.Mandar uma mensagem a dizer "estou grávida" a um numero aleatório.
45. Escrever uma história.

Vamos então ver se esta incrível "to-do-list" dá origem a must-read blogposts.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Intercâmbio 1# - Violina em Stuttgart?!


Portanto Intercâmbio. Três semanas numa cidade na alemanha a Violina sozinha.
No inicio deste ano surgiu a possibilidade de a Violina passar três semanas na alemanha, com uma família desconhecida alemã, ir para a escola com uma alemã  e conhecer bem os amigos alemães dela. E eu disse que sim. Porque apesar de saber falar alemã fluentemente desde que era pequena nunca estive na alemanha (a não ser que contem o aeroporto de munique como alemanha) e esta na altura além disso deu-me uma coisa hippie qualquer que me fez sentir como estivesse a pedir boleia à berma da estrada com flores no cabelo. Então foi assim os meus pais assinaram uma data de papeis eu escrevi uma espécie cartaz a dizer a minha idade e que era uma fille portugaise à procura de uma familia de acolhimento com uma filha da mesma idade que eu para passar três semanas. E parece que já se encontrou.
Aparentemente em junho e julho a violina estará a escrever-vos directamente de Stuttgart . ( Peço desculpa a cidade em português chama-se Estugarda e esse nome assim é horrível). Stuttgart fica num estado no sul da Alemanha chamado Baden-Württenberg com cerca de 5 milhões de habitantes e a unica coisa que Stuttgart me diz é carros. Mercedez, Porsche, Volkswagen, you name it...E esqueçam eu nem sequer vou para Stuttgart, vou para uma vila (vila!)  a 30km da cidade com 20 000 pessoas. E tal.
Portanto uma vila. Esqueçam Berlim, esqueçam cidades bonitas com Munique e Hamburgo. Eu vou para Börtlingen. Sabem onde fica ? Pois... Embora em fim, não quero estar para aqui a julgar uma vila que não conheço porque isso seria injusto.
Querem ouvir a cereja no topo do bolo ? Vou ter que me levantar às seis da manhã (pronto nada de novo) para sair da casa da Annika às 6.30 para apanhar o autocarro para ir para a Escola, que começa às sete e trinta e cinco. Ok quem é que começa a escola às 7:35 ! Quem ? quem é que se concentra a uma hora dessas? Eu às 7:35  estou a atacar qualquer pessoa que me tente acordar. Em compensação é que por exemplo não tem aulas à tarde... mas 7:35 ? Os miudos alemães são assim tão terríveis, para terem que estar sujeitas a uma tortura dessas ? E por falar em torturas eles lá tem aulas até 25 de Julho. Aulas até 25 de JULHO. Cá as aulas acabam a meados de JUNHO. E isso sim é o que eu gosto de reconhecer como escravatura.
Pronto chega de negativismo por hoje.
Eis o motivo pelo qual eu me sinto contente relativamente ao intercâmbio. A razão é simples; eu e uma amiga num país diferente. Numa escola, cheia de pessoas que só vou ver uma vez na vida. Sem obrigações sociais, sem compromíssos sem testes. You see what I'm doing here?  Seria impossível eu como aspirante a versão feminina do Barney do  How I met your Mother desperdiçar esta oportunidade. Intercâmbio, porque nunca nimguém começa uma história realmente fantabulástica com "Houve uma vez no inicio de verão que estava em casa". É a minha oportunidade para fazer todas as coisas que sempre quis fazer na escola mas nunca tive coragem, tipo jogar Bingo com os professores, mas sem que eles dem conta, fugir de casa para ir a uma festa, baldar-me a uma aula para conhecer uma cidade nova, andar a cavalo ( a Annika tem um cavalo o que é bastante fixe) provar coca-cola vanilla (sim na alemanha existe coca cola com sabor a vanilla), ter uma noite  em que me divirta imenso, mas depois também não me lembre. E depois também existem aqueles monumentos tipicos que uma pessoa tem que ver tipo o museu da Mercedez e o Killesbergturm  que é uma torre bastante Brutal (ver em cima)
Portanto o que eu espero levar da minha visita a Stuttgart : as histórias que vou contar aos meus avós.
E já agora desafio a vocês, se sempre tiveram qualquer coisa que sempre quiseram fazer na escola mas que nunca puderam , ou algo que gostariam de fazer num intercâmbio escrevam nos comentários que eu aceito o desafio...
Afinal de contas só se vive uma vez.



sábado, 24 de dezembro de 2011

Post de Natal

Vá à medida  que escurece e que a hora do jantar se aproxima queria desejar a todos os leitores deste blog um feliz natal com árvores de natal de dois metros com luzinhas LED baixo consumo coloridas a funcionar com montes de fitas e bolas penduradas. Espero que passem o vosso Natal com a família e com o telefone a tocar de cinco em cinco minutos com aquelas mensagens de natal enviadas a listas de contactos inteira...  Ai ai ai o Natal

domingo, 11 de dezembro de 2011

Book List

Hoje deu-me para isto. Vou escrever alguma coisa útil para a humanidade. Para variar.
Depois de voltar do cinema como habitual deu-me uma urgência imensa de ir à Bertrand. É que eu tal como gosto de escrever, também gosto de ler. E se ler engordasse eu agora não passava pela porta. Portanto já estão mais ou menos para onde este post vai andar, um listinha de livros que eu acho que a juventude devia ler eu incluída.


Portanto numero um que me suscitou interesse chama-se "Eu e Tu" e não é um romance daqueles lamechas que estão à venda no continente da Nora Roberts que são mais para ler com uma voz sexy.
O romance "Eu e Tu" de   Nicolò Ammaniti é sobre um míudo anti social chamado Lorenzo que não tem amigos e é aquele esquisitoide com o qual nimguém fala, um solitário. E este facto preocupa bastante a Mamie do Lorenzo, e o Lorenzo para lhe agradar e fazer a mamie feliz diz-lhe que finalmente arranjou um programa com os colegas: uma semana na neve. A mamie fica tão feliz e realizada que o Lorenzo não tem coragem para lhe dizer a verdade, vai daí parte para a semana dos seus sonhos, fecha-se na cave do prédio com BD, coca cola e videos ( deixo á imaginação do leitor o conteudo de tais videos). Mas quando o Lorenzo pensa que está isolado do mundo eis que a Olivia entra no seu bunker. E a Olivia toda vivaça consegue arrancar o nosso crominho do mundo da BD para o mundo real e para os problemas reais. Resumindo um livro sobre sobre a formação e a amizada descrito pelo Kirkus Review como o "Romancista mais quente da Europa" whatever that means ...


Numero dois. Do que já li deste livro ( equivalente ás primeiras 20 páginas) parece-me que esta-mos presentes à Antitese do Forrest Gump. Deixem-me contextualizar, este livro é sobre Allan um homem que faz cem anos (idade respeitável!) e cuja pequena vilinha de nome imprununciável sueco resolve dar uma festa de anos, mas ele como percebe que ainda tem muita coisa para fazer e não quer morrer assim no meio de um bando de pacóvios num lar de idosos resolve saltar pela janela do quarto e dirige-se sem andarilho
 (respeito!) á estação de autocarros  para fugir daquele fim do mundo e viver uma ultima grande aventura antes de bater a bota. Isto sempre acompanhado dos seus "Mija-pés" (quem ler o livro vai-se rir com esta ).
E porquê a antitese ao Forrest Gump. Bem primeiro lugar o Forrest Gump é assim um pacóvio com QI de 40, do qual acompanha-mos toda a vida recheada de eventos magníficos, tal e qual como uma caixa de chocolates. Com o senhor Allan, a coisa é assim um pouco diferente, o Allan não é pacóvio e lamenta-se de estar preso na sua horrível condição de velhaco que não consegue urinar para além da ponta do chinelo, quando na verdade tem um espírito mais jovem que todos nós..E resolve embarcar na ultima aventura antes da sua morte. Resumindo o Forrest é uma narração da vida, o Allan é uma narração da morte. Ponto numero dois, o Forrest passa a vida a correr que nem um perdido da vida, o Allan tem as dobradiças do joelho enferrujadas, logo não corre. No entanto tem um ponto em comum, são ambos pessoas que gostaríamos de evitar numa estação de autocarros um porque começa a comer chocolates e a contar a história da sua vida a pessoas randomly passing by, o outro porque é velhaco e rouba malas.
Portanto o Allan deve ser um avó fixolas. O nome do livro penso que seja " A história do centagenário que saltou pela janela e desapareceu." o que é um bom título, honesto e directo. No bullshit allowed portanto.


Numero três, um livro que me suscita curiosidade desde sempre, mas que devido ao seu tamanho me tem mantendo afastada. Pequeno facto, a história passa-se na alemanha nazi e é narrada pela Sr. Morte, que nunca esteve mais ocupada. Creepy ? Naaa. Pela contracapa, posso dizer que fala sobre Liesel uma menina que rouba livros, sobre um pugilista judeu entre outra gente estravagante. Deve ser muito interessante e de vez em quando faz falta um calhamaço.  Chama-se "A Rapariga que roubava livros" e foi escrito por Markus Zusak, um australiano que sabe falar alemão.


Numero quatro é um must-read, do qual eu que como sou vítima de perguicite aguda ainda só li trechos na aula de português, é de Saint-Exupéry o "Príncipezinho". É assim imaginem este livro como uma versão masculina no entanto mais calma da Alice no país das maravillhas.  É um livro para as crianças que foram os adultos. Um aviador fica sem combustível no avião e resolve aterrar no meio do deserto e encontra um menino assim no meio do nada, que lhe pede para desenhar uma ovelha e o menino começa a contar a história da sua vida no seu asteróide B432 onde habitava apenas uma flor por aí fora.O livro é para crianças mas só os crescidinhos é que vão perceber todas as metáforas e os símbolos que o senhor Exupéry, que como era aviador via o mundo de cima e tinha assim uma perspectiva diferente na qual apenas via a verdade (clube dos poetas mortos I see what you did there... a cena toda de subir em cima das mesas para mudar o ponto de vista pois pois busted), despejou no livro.
O princepezinho é para toda a gente que quer reflectir sobre ovelhas, trigo e flores.
PS. Já mencionei que escreveram uma continuação do principezinho ? Chama-se "o regresso do jovem príncipe" e adivinhem o principezinho volta à terra mas tipo já crescidote e  todo bom.  Este também entra na listinha portanto.


                                                   
                                                   Christiane F. antes das Drogas
                                                    e depois ...

Numero cinco e porque é bom levar com uma calhamaço de não-ficção em cima de vez em quando "Os filhos da Droga" da Christiane F. que é a história verídica de uma rapariga de Berlin que se mete nas drogas e  se vê apanhada num conflito  interior quase bipolar entre a boa Christiane que quer ser uma criança como as outras e a má Christiane que se mete nas drogas é rebelde e entra na adolescência com uma maturidade incrível devido às atrocidades que viu, incluindo prostituição infantil no Bahnhof Zoo injecções em casas de banho públicas entre outros . Resumindo só para aqueles com o estômago forte.



Numero seis, de um dos meus autores preferidos e activista da green peace, que esteve preso no regime de pinochet no Chile, " A história da gaivota e do gato que a ensinou a voar" do Luís Sepúlveda. Já li este livro à vontade umas cinco vezes e é das fábulas mais bonitas e fofinhas que se pode imaginar.



Então pronto estamos entendidos.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Die Austernprinzessin

Peço desculpa aos queridos cinéfilos que vieram aqui induzidos na esperança que este post fosse sobre o grande clássico do expressionismo alemão do Ernst Lubitsch, na verdade este post é como tantos outros sobre um episódio que aconteceu aqui à violina. Um episódio que envolve uma ostra e uma pérola.
Normalmente sexta feira no intervalo do almoço tenho explicação. Porquê ? Porque sou parva.
Então estava a intrepertar um poema nessa tal explicação. Quando a minha professora assim do nada diz " Olha violina tenho um presente para ti.". Que simpática. Tipo está bem que a explicação é bem paga, mas também não é suposto eu receber presentes.  A minha professora ausenta-se da sala e regressa com um pacote, cor de creme. E eis a minha surpresa ao abrir o pacote e descobrir no seu interior uma ostra e um colar.
Tipo a ostra com uma pérola lá dentro e ao lado um colar para depois se por a pérola. Bem escusado será dizer que fiquei com o queixo caído. Uma pérola. Fiquei tipo asrugfjegrfgfgshf mas no bom sentido. É que nunca ninguém me tinha oferecido uma ostra com uma pérola lá dentro, de modos a que eu me senti do género "Isto é uma pérola, tem a certeza que isto é mesmo para mim?" E ela disse que sim e que tinha sido uma amiga dela que tinha trazido a pérola de Inglaterra mas como ela não tinha tido coragem de abrir a ostra me ofereceu a mim. O que até é bastante esquisito porque afinal as ostras não mordem nem nada disso. E pronto agradeci pela milésima vez e fiz-me à vida. E com fazer-me à vida quero dizer fazer-me à aula de matemática, que é mais fazer-me à morte. De tédio.
Só quando cheguei a casa é que comecei a olhar para aquilo com a devida atenção. Dizia "We like to believe this pearl is a wish waiting to come true, when you open the mussel and remove the pearl, your wish will come true.It should only be opened in a very special moment by a very special someone. "
Não, não estou a inventar nada. A pergunta mantém-se, a que propósito é que me oferecem pérolas ?
O que me leva ao segundo ponto deste post.
Preciso de um desejo. Não estou a falar de um desejo qualquer, tem que ser qualquer coisa que eu queira mesmo. Resumindo não faço a mínima ideia do que é que eu quero...
Resumindo estou a ter uma mid life crises.
Resumindo até nova ordem, a pérola fica na ostra. E a caixa com a ostra fica bem escondidinha.

"And when I find home, I'll buy some furniture and name the cat " Holly Golightly in Breakfast at Tiffanys.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Cocegas

Cocegas.
Nome plural invariável.
"Sensação indefinível provocada por toques ou leve fricção da pele em certas partes do corpo, e acompanhada de riso convulsivo." é isto que aparece quando se procura cocegas no dicionário Priberium da língua portuguesa. 
Cocegas... ou se amam ou odeiam. E claro como tudo na vida, é melhor dar que receber. 
A wikipedia é de opinião diferente;" As Cócegas são um processo neurológico e físico do corpo humano .Diversas teorias tentam explicar o que são as cócegas e a mais aceite recentemente pelos cientistas é a de que as cócegas são um sistema de autodefesa do corpo. Segundo essa teoria, o cérebro emite um sinal de alarme e o corpo responde rapidamente."  traduzido cocegas são um processo de auto-defesa da nossa massa cinzenta. Mas cá para mim (sorry wiki mas aqui a Violina tem sempre uma opinião) se a nossa reação de auto defesa, é rir compulsivamente e fazer uns ninja moves marados e no meu caso rebolar no chão compulsivamente, então alguma coisa correu terrivelmente mal algures aí pelo meio... 
Imagem a invenção das cocegas, deve ter sido mesmo muito estranho. Imaginem homens da pré história a fazerem cocegas uns aos outros. Imaginem um diálogo entre o Uga Uga e o UGA UGA. 
Uga Uga: Oi tudo bem? 
UGA UGA: Sim, olha tenho que te mostrar uma coisa. (UGA UGA estica os braços na direção do Uga Uga ) 
Uga Uga fica com uma cara extremamente wtf e diz : O que é que estás a fazer? 
UGA UGA: Confia em mim. 
Uga Uga confia em UGA UGA e deixa que este ultimo lhe faça cocegas na barriga, agora ambos rebolam pelo chão. 
Mas o que acontece realmente quando se está a fazer cocegas ?  Cocegas são um movimento defensivo falhado que nos faz rir. Para nos rirmos o nosso cerebro emite um Neurotransmissor chamado Dopamina (que também é ativado por chocolate ou por lerem blogs bue fixes como este :D ) que é uns transmissor que faz com que as pessoas fiquem contentes felizes e sorridentes. Resumindo cocegas fazem pessoas felizes. 
Quantas pessoas é que acocegaste hoje ? Pois provavelmente nenhuma. Não acho isso nada bem, deve-se fazer cocegas a pelo menos 5 pessoas por dia. Ao fazer cocegas a outra pessoa não só se dá a essa pessoa um ataque de riso instantâneo, como também se melhora a relação entre essas duas pessoas, o que faz cocegas e o que as recebe.Para fazer cocegas é preciso 2 pessoas. Já reparaste que a palavra cocegas é um nome no plural ?  Ter cocegas é a maneira do nosso corpo dizer "fuck off" ao mundo. Quando se tem os tais nija moves das cocegas, não se pensa nas figuras que se está a fazer.  Faz-se e pronto. Fazer cocegas é ter borboletas no estômago. Ter cocegas é ser-se irresponsável. Ter cocegas é dançar à chuva. Ter cocegas é cantar "Someone like you" a lavar a loiça com uma data de gente. Fazer cocegas é dar um instant facelift a alguém. É a mesma coisa que dizer "Your awsome". Ter cocegas é ser feliz.
"Tickeling is like rape but you're forced to laugh." 
Liberta-te através das cocegas. Caga na sociedade. Nitzsche já o tinha dito á muito " Vivemos numa civilização, que periga morrer pela civilização" (ver wikipedia se não souberem quem é o Nitzsche)
que é o mesmo que dizer " In a society that killed adventure, the only adventure left is to kill society" (dito por um che Guevariano qualquer) . Destaca-te, vai a um sítio a onde nunca foste, experimenta algo que nunca experimentaste. Não desperdices o teu tempo a ler este post. 
Vai la para fora e respira deliciosamente
With that breeze of air

  You are now aware

  And wholly in the now."


E pensar que o tema deste post começou por ser uma coisa tão irrelevante como cocegas.