domingo, 21 de agosto de 2011

Aconteceu um Verão 4 #


Estou nos confins do mundo. E o Adamastor está a vigiar-me. O Mostrengo está a fazer-me companhia, nesta noite serrada, de vez em quando interrompida pelo vento que fustiga as janelas. Aqui hoje já houve chuva de todos os tipos, chuva miudinha, chuva tipo pêra, chuva grossa, chuva que vem do lado e até chuva que parece que vinha do chão ( ver Forrest Gump, para mais referencias de chuva) . Estou a ver os trovões. Sou daquelas pessoas que sempre gostou de trovoada. É uma metafora da natureza para coisas lindas mas perigosas.  "You know I got struck by a lightning seven times. Once I was just walking my dog. Once I was sittin' in my truck, minding my own buisiness... Once I was just crossing the street to get the mail." (ver Benjamin Button para mais maneiras de se levar com um relâmpago em cima. Estava sentada no sofá da sala a falar sobre trovoada. 
"Até dá jeito ter ali os postes, atraem os raios, para lá, longe, a aldeia fica mais protegida."- disse ele.
"eu sempre gostei de trovoada, de a ver assim ao longe... com os seus relâmpagos a iluminar tudo. "- disse eu. 
"Mas tu gostas de a ver só se for de longe, se estiveres aqui em casa segura. A pior trovoada que eu já apanhei foi uma vez quando era novo, andava.uma vez a reparar uma cabo de alta tenção. Tinha a mão direita no metal, outra na terra a ligar qualquer coisa, começou a trovejar, aquilo passou do metal para a terra, passou por mim só senti assim uma coisa... caracho! Fiquei todo iluminado. Quando me alevantei... só disse la ao chefe : Olha enquanto tiver aqui a trovoada não conte comigo pah !" 
E eu fiquei de boca aberta, o meu avó já foi muita coisa, tem a quarta classe já foi feirante, ja passou filmes com projector entre outras coisas. Mas ter sido apanhado por um raio ... essa é nova. 

3 comentários:

cusquices